10 junho 2009

Assaltante cuiabano

Várzea Grande, 10 de junho de 2009.

A professora (cursista) Ruth C. de Moraes da Escola Porfíria Paula de Campos leu na sala: O Assaltante Brasileiro (postado anteriormente no blog) com o objetivo de mostrar as várias formas de registro oral das regiões brasileiras. Os alunos questionaram a falta de um representante de Cuiabá. Assim, a professora propôs a criação de uma fala que represente o cuiabano. Veja os textos dos alunos:

"Ispia se minino, isso é um assalto!

Ponha o dinheiro bem divagar, si não cê vai virá uma penera de panha pexe debaxo da ponte do Rio Coxipó e aproveito pra fazê um ensopado de pexe com maxixe."

Aluno: Mayk Fiemamm

"Cumadre, ocê passa o dinheiro, tchá por Deus, vôte, sô , eu sô pobre, só tenho um real... Num interessa, eu quero dinheiro, ocê já era sô! Vô tomá tudo seu... Agora ocê vai embora, óia só xô mano, va se embora."

Aluna: Jackeline Ingrid

"Tchá por Deus, meu povo, pela Nossa Sinhora Du Carmo, isso é um assalto! Bamo povo, sacode essas carteras depressa, tchega de ralá guaraná, imbora ralá o peito que os ome tchegam."

Aluno: Thiago Alves

"Ô siminino, passa a grana rápido aí, vamos! Se ocê não dá, ocê vai vê! Vô largar bala no seu... É pra eu compra pêxe pra meus guri e pra mim comprá um goro."

Aluna: Geizibel

"Ô nhácá! Passa a grana... Ocê num tem? Vôte! Tchá por Deus, vamo logo, antes que os ome tchega!"

Aluno: Adriano R. S. Araújo

"Isso é um assarto, tudo mundo pro chão. Ninguém se metche, eu aperto o gatilho, não dexo ninguém vivo pra contá história. I si a puliça chegá, ninguém se mete a besta comigo, si não vai se arrependê!"

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